Série Emoções que nos habitam, Dificuldade em Perdoar


Dificuldade em Perdoar

10o Encontro – O Caminho para a Leveza Interior

Perdoar é um ato profundamente humano, mas nem sempre fácil. A dificuldade em perdoar surge quando a dor causada por alguém ou por uma situação parece maior do que nossa capacidade de compreensão. Muitas vezes, acreditamos que perdoar significa concordar com o que aconteceu — mas, na verdade, o perdão é um presente que oferecemos a nós mesmas, uma escolha de não carregar mais o peso da mágoa.

A resistência ao perdão pode se mostrar de várias formas, como: relembrar constantemente a situação dolorosa; sentir raiva, mágoa ou ressentimento recorrente; bloquear relacionamentos por medo de se ferir novamente; desejar de vingança ou dificuldade de confiar; ter rigidez emocional que impeça a entrega ao presente. Essas dificuldade funcionam como uma corrente que prende ao passado.

Quando não conseguimos perdoar, os efeitos se espalham para diferentes áreas da vida: sentimos -um peso emocional que rouba energia e vitalidade; dificuldade em criar vínculos leves e saudáveis; alimentação de sentimentos de amargura e hostilidade; impacto negativo na saúde física, como tensões e estresse; bloqueio para novas oportunidades e experiências. O não perdão, muitas vezes, fere mais quem o carrega do que quem o provocou.

Os Florais de Bach oferecem apoio no processo de abertura ao perdão:

. Willow: para dissolver ressentimentos e mágoas acumuladas.

. Holly: para transformar sentimentos de raiva e hostilidade em amor.

. Star of Bethlehem: para curar feridas emocionais profundas.

. Pine: para quem também precisa perdoar a si mesma.

Essas essências ajudam a suavizar o coração e abrir espaço para a compaixão.

O caminho para o equilíbrio

O perdão é um processo, não um ato instantâneo. Alguns passos que podem ajudar: reconhecer a dor e dar voz ao que foi sentido; separar o ato da pessoa — entendendo que perdoar não é justificar, mas libertar; praticar a compaixão, colocando-se no lugar do outro; trabalhar também o autoperdão, muitas vezes esquecido; apoiar-se em florais, práticas terapêuticas e rituais de soltura para facilitar a liberação do peso. 

Perdoar é um movimento de coragem e amor-próprio.

A dificuldade em perdoar é natural, mas não precisa ser permanente. Ao escolher o perdão, você não apaga o que aconteceu, mas decide não carregar mais o fardo da dor. É um ato de liberdade, um reencontro com sua paz interior. Perdoar é se permitir viver mais leve e em paz consigo mesma.

Descanso e diversão...

 

Viviane França

Olá! Aproveitei o fim de semana tranquilo para assistir a um filme, um romance pós-apocalíptico curioso e ’inventivo’, no Prime Video. Love Me, dirigidos pelos cineastas Sam Zuchero e Andy Zuchero, é um filme que, talvez, nem todos irão gostar. Com uma história curiosa, ele nos transporta para uma época em que a humanidade está extinta e só resta em solo terrestre e na órbita da Terra os apetrechos tecnológicos deixados para trás em pleno funcionamento.

É neste cenário que conhecemos uma boia computadorizada (Kristen Stewart) e um satélite (Steven Yeun) que se ‘encontram’ – cada qual em seu lugar, a boia no mar e o satélite no espaço - e passam a se comunicarem digitalmente. A curiosidade e empatia os levam a se apaixonarem um pelo outro. A boia, então, tem a ideia de ambos transferirem as suas informações e consciências para dois corpos físicos à imagem de um casal de influenciadores, que ela descobre vagando pelas redes sociais. Eles servirão aos dois como modelos de comportamento. Beijar, cozinhar, beber água, cantar, enfim, viver um cotidiano.

Neste momento da narrativa, o filme é dividido em três estilos visuais: a realidade, com a boia e o satélite; a realidade virtual em stop-motion com captura de movimento e a presença real dos atores ‘de carne e osso’ mais para o final do filme. Essa experiência de assistir aos três tipos de estilos é, no início, interessante, mas vai perdendo o brilho com o passar das cenas, o que não significa que a história deixa de ser interessante.

Fugindo da narrativa tradicional, Love Me convida o espectador a embarcar em uma jornada de experimentação.Que tal ousar? 

Série Emoções que nos habitam, Tristeza Profunda

 Tristeza Profunda

9o Encontro – Reencontro com a Esperança

A tristeza profunda é uma emoção que muitas vezes chega como um véu escuro, encobrindo a alegria de viver. Diferente das tristezas passageiras, ela se instala com intensidade e pode permanecer por longos períodos, trazendo a sensação de vazio ou perda de sentido. Cada pessoa carrega suas histórias e motivos, mas todas compartilham a mesma dor silenciosa de sentir que a vida perdeu um pouco da cor.

A tristeza profunda pode aparecer de diferentes formas: na sensação constante de desânimo e falta de energia; na vontade de se isolar ou dificuldade de se conectar com os outros; no choro frequente ou sensação de aperto no peito; no desinteresse em atividades que antes eram prazerosas; na perda de esperança ou dificuldade de acreditar no futuro. É um estado que toca o corpo, a mente e o espírito.

Quando persiste, a tristeza profunda pode comprometer a qualidade de vida em muitos aspectos. Ela pode afetar os relacionamentos, levando ao isolamento; diminuir a vitalidade, interferindo no trabalho e no cuidado pessoal; pode gerar sentimentos de desesperança e vazio; enfraquecer a autoestima e a confiança em si mesma; pode evoluir para quadros emocionais mais graves, quando não cuidada. Essa emoção pede acolhimento e não julgamento.

Os Florais de Bach oferecem apoio amoroso para suavizar a dor e trazer de volta a esperança:

. Mustard: para tristezas profundas e sem motivo aparente, que surgem como nuvens escuras.

. Gentian: para quem se desanima facilmente diante de desafios.

. Sweet Chestnut: para estados de angústia extrema e sensação de desespero.

. Star of Bethlehem: para cicatrizar dores emocionais causadas por perdas ou traumas.

Essas essências ajudam a iluminar o coração e reabrir caminhos de esperança.

O caminho para o equilíbrio

A superação da tristeza profunda é um processo delicado, que pede paciência e amor-próprio. Alguns movimentos podem ajudar nesse processo, como:  permitir-se sentir, sem pressa de “se livrar” da dor; buscar apoio terapêutico e emocional, para não carregar esse peso sozinha; cultivar pequenos gestos de autocuidado, mesmo nos dias mais difíceis; retomar atividades suaves que tragam conexão com a vida (caminhadas, contato com a natureza, música); apoiar-se nos florais como ferramentas de equilíbrio emocional. São passos pequenos, mas consistentes, que levam à renovação interior.

A tristeza profunda não define quem você é. Ela é apenas um capítulo da sua jornada, que pode ser transformado com cuidado e amor. Ao acolher essa emoção, abrir espaço para o apoio e se permitir recomeçar, a esperança floresce novamente. Mesmo nas noites mais escuras, sempre existe uma aurora esperando para nascer dentro de você.

Um bom domingo!

Um domingo para relaxar em contato com a natureza.

Série Emoções que nos habitam, Culpa


Culpa

8o Encontro – Caminho do Autoperdão

A culpa é uma das emoções mais silenciosas e desgastantes que podemos carregar. Ela nasce quando acreditamos que falhamos, que poderíamos ter feito diferente ou que não fomos bons o suficiente em determinada situação. Muitas vezes, a culpa se instala em detalhes do cotidiano ou em eventos marcantes da vida, mantendo a pessoa presa ao passado. Ao invés de trazer aprendizado, ela paralisa, sufoca e nos impede de seguir em frente.

A culpa pode aparecer de várias formas: através de pensamentos recorrentes sobre o que “poderia ter sido diferente”; pela autocrítica exagerada; pelo sentimento de peso e falta de merecimento; através da dificuldade em se permitir sentir prazer ou alegria; da necessidade de reparação constante, mesmo quando não é necessário. Ela se apresenta como uma cobrança interna incessante.

Quando a culpa não é trabalhada, pode trazer sérias consequências, como: perda de vitalidade e motivação; dificuldade em se relacionar com leveza; autoimagem fragilizada e sensação de não merecer felicidade; ansiedade e tristeza persistente; bloqueio para novas oportunidades, por medo de errar novamente. A culpa, em excesso, se torna uma prisão emocional que sufoca a liberdade de ser.

Os Florais de Bach oferecem apoio suporte para suavizar e transformar essa emoção:

.Pine: para liberar sentimentos de culpa e autocrítica, cultivando o autoperdão.

.Star of Bethlehem: para curar feridas emocionais relacionadas a experiências dolorosas.

.Crab Apple: para ajudar na aceitação de si mesma e dissolver a sensação de “impureza” ou erro.

.Elm: para aliviar a sobrecarga de responsabilidades autoimpostas.

Essas essências ajudam a transformar a rigidez em compreensão amorosa consigo mesma.

O caminho para o equilíbrio

A libertação da culpa se dá em pequenos movimentos de amor próprio: praticar o autoperdão, reconhecendo que todos cometem erros e que eles fazem parte do aprendizado; transformar a culpa em responsabilidade saudável, buscando crescer com a experiência; escrever cartas para si mesma, liberando o que ficou preso no coração; relembrar que você merece recomeçar, sempre que for preciso; apoiar-se em práticas terapêuticas e no uso dos florais para caminhar com mais leveza.

A culpa não precisa ser um fardo eterno. Ela pode ser transformada em aprendizado e em um convite para olhar a si mesma com mais amor e compaixão. Ao escolher o caminho do autoperdão, você se liberta das correntes que a prendem ao passado e abre espaço para viver com mais leveza, dignidade e presença.Você não é o erro que cometeu. Você é a força que aprende, cresce e recomeça.

Dicas de Leitura, Livros Clássicos

 

Viviane França
 
Olá! Como vocês estão? Fim de semana está chegando e já separei algumas produções que eu estou curiosa para assistir. Uma delas é O Homem Invisível, obra do escritor britânico H.G. Wells, um visionário para sua época. Wells escreveu ‘A Máquina do Tempo’ – o meu livro favorito! -, ‘A Ilha do Dr. Moreau’ e ‘A Guerra dos Mundos’. Produções que ganharam adaptações para o cinema, assim como ‘O Homem Invisível’. No Prime Video há três adaptações da história: ‘O Homem Invisível’ de 1934 – será esse que irei assistir -, ‘O Homem Sem Sombra’ de 2000 e ‘O Homem Invisível’ de 2020.

Vocês já leram esse clássico? Que tal conversarmos um pouco sobre a história e as questões abordadas pelo autor? Vamos lá então...

Será que alguém resistiria à vontade de praticar algum ato errado se não houvesse testemunha? O que o poder pode fazer com a integridade moral do homem? O homem pode não ser corrompido?

Em uma noite gelada, numa cidade isolada da Inglaterra, surge um desconhecido que atiça a curiosidade dos moradores. Com o rosto coberto de bandagens, mãos enluvadas, agasalhos da cabeça aos pés e um chapéu, ele procura abrigo na hospedaria Coach and Horses.  Ríspido, misterioso e de poucas palavras, ele deseja não ser incomodado. Mas os moradores curiosos irritam nosso Homem Invisível que se revela para eles. Perseguido pelos moradores, assustados com o forasteiro, o Homem Invisível, cujo nome é Griffin, torna-se violento e inicia atos de crimes. Afinal, como ninguém pode ver ele e não há testemunha, ele não pode ser acusado ou preso.


Na obra do escritor H.G. Wells, quando o físico encontra a fórmula para a invisibilidade, ele pensa que ela lhe trará poder e liberdade. De fato, a invisibilidade permite que Griffin cometa furtos e atos de violência quase perfeitos. Mas o preço que ele precisa pagar pela invisibilidade é muito alta. Mesmo feliz com seus aparelhos, suas experiências, seu novo mundo, o físico torna-se uma pessoa solitária e intolerante. Uma pessoa sem moral e escrúpulo.

“(...) Eu achava que meus problemas tinham terminado, e que eu agora estava livre para fazer o que quisesse, tudo, menos revelar o meu segredo. Pelo menos, esses era o meu pensamento. Fizesse o que fizesse, as consequências não teriam importância. Eu precisava apenas livrar-me das minhas roupas e sumir. Ninguém poderia me deter. Eu poderia apanhar qualquer dinheiro que visse... Sentia-me extraordinariamente confiante, e agora não é muito agradável lembrar como fui tolo.” (Cap. XXIII – Em Drury Lane - p.167)

Série Emoções que nos habitam, Mágoa


Mágoa

7o Encontro – Caminho da Libertação Interior

A mágoa é uma ferida emocional que, muitas vezes, permanece escondida no coração. Ela nasce quando nos sentimos injustiçados, rejeitados ou desvalorizados em nossas relações. Embora possa parecer um escudo de proteção, a mágoa se transforma em um peso silencioso que nos impede de viver plenamente. Segurá-la é como carregar uma pedra no peito: desgastante e doloroso.

A mágoa pode se apresentar de diferentes formas: como ressentimento ou rancor em relação a pessoas ou situações do passado; dificuldade em confiar novamente; repetição mental da cena dolorosa; necessidade de se afastar ou criar barreiras emocionais o como um sentimento de dureza, tristeza ou frieza afetiva. Ela se torna uma sombra que acompanha a pessoa em diferentes áreas da vida.

Quando guardada, a mágoa corrói a energia vital e afeta a forma como nos relacionamos. Seus principais impactos incluem: no isolamento emocional e dificuldade em se abrir; no aumento da sensação de solidão; na perpetuação da dor, que pode levar à tristeza profunda; no bloqueio da confiança em novas experiências e até no enfraquecimento da autoestima e da sensação de merecimento. Em vez de proteger, a mágoa aprisiona.

Os Florais de Bach oferecem apoio suporte para suavizar e transformar essa emoção:

. Willow: para dissolver o ressentimento e cultivar aceitação.

. Holly: para transformar sentimentos de raiva, ciúmes e hostilidade em amor.

. Star of Bethlehem: para cicatrizar traumas e dores emocionais do passado.

. Walnut: para ajudar a se desapegar de situações antigas e abrir-se ao novo.

Essas essências favorecem a cura emocional e a retomada da leveza interior.

O caminho para o equilíbrio

A libertação da mágoa acontece em pequenos passos, como: reconhecer a dor sem negá-la, permitindo-se sentir; praticar o auto perdão, entendendo que também somos humanos e falhos; exercitar a compaixão, transformando a raiva em compreensão; criar rituais simbólicos de soltura (escrever e queimar cartas, por exemplo); apoiar-se nos florais e em práticas terapêuticas para acolher e ressignificar a ferida.

O caminho da cura não é apagar o passado, mas aprender a não carregar mais o peso dele.

A mágoa pode parecer uma forma de proteção, mas na verdade nos prende a dores que não precisamos mais sustentar. Com amor, paciência e apoio, é possível transformar esse ressentimento em aprendizado e liberdade interior. Você não precisa carregar sozinha o peso do passado. Permita-se soltar e abrir espaço para a leveza que já habita em você.